A CONFIANÇA NO PROGRESSO CIENTÍFICO


Na segunda metade do século XIX, os grandes avanços da técnica e da ciência criaram um verdadeiro cientismo (primado da ciência).
Foram feitos inúmeros estudos que marcaram o conhecimento científico até à atualidade:
  • Marie Curie (e o seu marido Pierre) dedicou a sua vida à ciência - a Física -, em particular ao conhecimento da radioactividade; 



  • Pasteur demonstrou a existência de microrganismos - as bactérias - no ambiente, desenvolvendo vacinas e o método de pasteurização dos alimentos;



  • o químico Mendeleiev elaborou a primeira tabela periódica dos elementos;

  • Koch, no seguimento dos estudos de Pasteur, isolou a bactéria (também conhecida como bacilo de Koch) que provoca a tuberculose;

  • o biólogo Charles Darwin concluiu que os animais - incluindo o Homem - sofreram alterações morfológicas ao longo de períodos de tempo muito longos, as quais resultaram de bem sucedidas adaptações ao meio ambiente (teoria evolucionista);





As ciências sociais, à semelhança das ciências exactas, procuraram estabelecer leis gerais e definir métodos rigorosos de pesquisa:
  • Auguste Comte foi a figura fundamental na definição do pensamento científico da segunda metade do século XIX. Criou o Positivismo, sistema filosófico que leva o cientismo ao seu expoente máximo, ao estabelecer que a Humanidade alcançará o estado positivo quando o conhecimento se basear apenas em factos comprovados pela ciência;



  • Émile Durkheim sistematizou as regras da nova disciplina das Ciências Sociais: a Sociologia;

  • Karl Marx analisou os modos de produção ao longo da História, transformando o socialismo num sistema científico da análise da sociedade - o materialismo histórico ou socialismo científico.



Também a questão da educação se tornou um tema prioritário para vários governos europeus no século XIX:
  • o aprofundamento dos sistemas representativos (demoliberalismo) fez com que o direito de voto se estendesse à maioria da população, pelo que a classe política viu interesse na difusão do ensino público como meio de esclarecer os cidadãos e de exercer influência nas suas decisões;
  • o espírito positivista, ao considerar unicamente como verdadeiro o conhecimento obtido através da observação e da experimentação, contribuiu para a valorização de instituições ligadas à ciência (universidades, laboratórios, museus de História natural);
  • a laicização dos Estados, ao retirar da alçada da Igreja a tradicional função educadora, levou a uma maior responsabilização dos Estados na alfabetização;
  • as classes médias, ligadas à vida urbana, procuraram cursos que promovessem a sua ascensão social, nomeadamente os que davam acesso a profissões liberais. 

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