Em Portugal, o século XIX é fortemente marcado pela corrente naturalista na pintura. O contacto dos artistas nacionais (como Marques de Oliveira e Silva Porto, fundadores do
Grupo do Leão) com a pintura francesa, graças à atribuição de bolsas, permitiu-lhes praticarem com os mestres dos novos estilos. Começaram a privilegiar a pintura ao ar livre, paisagista. Dedicaram-se ao tratamento de temas banais do quotidiano e à representação de elementos anónimos do povo. Um pouco tardio, em relação ao Naturalismo francês, este "realismo na pintura" foi muito bem acolhido, não suscitando a polémica que recebera em França. Prolongou-se até ao século XX, altura em que surgem pintores com aproximação ao Simbolismo (como António Carneiro), influenciado pela corrente simbolista francesa.
COLUMBANO - O Grupo do Leão
Óleo sobre tela, 200 x 380
Sentados, da esquerda para a direita: Henrique Pinto, José Malhoa, João Vaz, Silva Porto, Antônio Ramalho, Moura Girão, Rafael Bordalo Pinheiro e Rodrigues Vieira.
De pé, da esquerda para a direita: Ribeiro Cristino, Alberto d'Oliveira, Manuel Fidalgo (empregado de mesa), Columbano, Dias (criado), Antônio Monteiro e Cipriano Martins.
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MARQUES DE OLIVEIRA - À Espera dos Barcos |
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JOSÉ MALHOA - Os Bêbados |
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AURÉLIA DE SOUSA - Mulher a coser |
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ANTÓNIO CARNEIRO - A vida |
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HENRIQUE POUSÃO - Cecília |
Na literatura destaque para Eça de Queirós, Cesário Verde, Antero de Quental (realistas), Eugénio de Castro, Camilo Pessanha e António Nobre (simbolistas).
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Eça de Queirós |
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Antero de Quental |
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Eugénio de Castro |
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Camilo Pessanha |
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António Nobre |
Na historiografia destacou-se Oliveira Martins, autor de
Portugal Contemporâneo e da
História de Portugal.
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