A CAMINHO DO EXTREMO ORIENTE

Os primeiros contactos dos portugueses com a ilha de Ceilão (atual Sri Lanka) ocorrem em 1506, quando da chegada de uma armada chefiada por D. Lourenço de Almeida.
Ceilão é particularmente rica em canela, pedras preciosas e elefantes. A presença portuguesa na região data de 1518, ano da construção da fortaleza de Columbo.
Em 1509, uma armada chefiada por Diogo Lopes Sequeira procede a um reconhecimento da ilha de Samatra e da cidade de Malaca. Esta cidade, o principal centro de comércio da Insulíndia, é conquistada por Afonso de Albuquerque em 1511.
Malaca tem uma valiosa posição estratégica no controlo das rotas mercantis entre os oceanos Índico e Pacífico. Por ela passam lucrativos produtos como a pimenta, a noz-moscada, a maça, o cravo, a cânfora, o cobre e o ouro.

De 1511 a 1515, os portugueses exploram parte das ilhas da Australásia, desde Java e Molucas a Timor.

















As ilhas Molucas produzem em grande quantidade cravo e noz-moscada, especiarias das mais valiosas. Esta sua riqueza torna-as particularmente cobiçadas.
Na ilha de Ternate, descoberta em 1512 por Francisco Serrão, constrói-se dez anos depois uma fortaleza que passa a ser o centro da autoridade portuguesa sobre o comércio das Molucas.
Os contactos dos portugueses com as ilhas de Solor e de Timor desenvolveram-se com vista à obtenção de sândalo.

Nota: O arquipélago das Molucas localiza-se na Indonésia a sul das Celebes.

O primeiro português a chegar à China terá sido Jorge Álvares, em 1513. Nos anos seguintes estabelecem-se relações mercantis irregulares, sendo aprisionados vários mercadores portugueses. Igual destino tem, em 1517, a primeira embaixada portuguesa ao imperador da China, sob a direção do boticário Tomé Pires.
Em 1557, as autoridades chinesas legalizam a presença portuguesa na pequena povoação de Macau, que se torna a partir de então um grande centro do comércio da seda e da porcelana, com carreiras regulares para o Japão e Malaca-Goa.

Macau e o Delta do Rio das Pérolas
1543 é a data provável da chegada dos portugueses ao Japão. Até aos inícios do século XVII crescem as relações luso-nipónicas.
Naus e galeões portugueses partem anualmente de Macau para o Japão levando sedas e porcelanas e trazendo prata e ouro.

Gravura japonesa do século XVI mostrando os namban-jin (os bárbaros do sul, nome dado aos portugueses)
Nagasáqui, cidade de urbanismo português é, desde 1571, o principal centro de comércio e de religiosidade de Portugal no Japão, com o seu porto, seminário, igrejas e oficina de impressão.

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