O PROJETO POMBALINO DE INSPIRAÇÃO ILUMINISTA

O Despotismo Pombalino


Contexto histórico das reformas pombalinas na cultura
  • A ignorância era a maior entrave ao progresso dos povos, a filosofia iluminista colocava o ensino no centro das preocupações do governo;
  • Na Europa, vigorava o despotismo esclarecido, são tomadas medidas para alargar e renovar a instrução pública e novas leis pedagógicas, tentando preparar os futuros servidores do estado;
  • Este espírito chegou a Portugal através dos estrangeirados, estes publicaram livros, opúsculos e ensaios tentando influenciar as decisões políticas.

Deram-se reestruturações ao nível do ensino:
  • A expulsão dos jesuítas, uma ordem que se dedicava ao ensino, encerrando todas as instituições que estes geriam ou frequentavam;
  • Foram criados 497 postos para os “mestres de ler e escrever”, com o objectivo de instruir os estudantes, que queriam seguir estudos;
  • Após o encerramento da Universidade de Évora, gerida pelos Jesuítas, só restou a Academia de Coimbra. Esta tinha um ensino tradicional e rudimentar; foram reformados os estudos.
  • Em 1761, o Marquês de Pombal criou o Real Colégio dos Nobres para os jovens da nobreza, de acordo com as mais recentes pedagogias, ensinando línguas, ciências experimentais, música e dança. Contudo este colégio não prosperou, devido à má relação dos nobres com o marquês.
  • Em 1768 é criada a Junta de Providência Literária, que tem como objectivo estudar a reforma da Universidade.
  • Em 1772 são concedidos novos estatutos à Universidade, passando as matérias e os estudos a ser orientados através de critérios racionalistas e experimentais;
  • São criadas duas novas faculdades, a de Matemática e de Filosofia. Os estatutos introduzem mudanças nos cursos de Direito e Medicina. 
  • Para custear esta grande reforma do ensino, o Marquês de Pombal cria em 1772 o Subsídio Literário (imposto especial sobre a carne, vinho e aguardente, em vigor no reino e nas colónias).

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