O ABSOLUTISMO RÉGIO
O Absolutismo régio era legitimado por um conjunto de princípios orientadores da sua acção (ver Doc. 9, p.37 do manual). Era:
A corte era dominada pelo Rei, garante da ordem social, não sendo aceite qualquer desobediência ou infidelidade, punida imediatamente e de forma brutal pelo monarca. A corte era o espelho do poder, da imagem, da grandeza e da influência de que todos os que rodeavam o rei desfrutavam. Era a encenação do poder através do número de convidados, da opulência dos banquetes, da riqueza do vestuário, da complexidade do protocolo e do cerimonial.
- Divino
- Paternal
- Absoluto
- Submetido à Razão
O monarca exerce a sua autoridade absoluta, sendo o garante da ordem social estabelecida: concentra em si privilégios e poderes, existindo uma fraca participação das ordens sociais na governação (por intermédio das Cortes).
E AINDA A PROPÓSITO DE LUÍS XIV...
Luís XIV era de baixa estatura (1,68 m, mas consegue atingir 1,94 m com a peruca e os saltos altos) mas tinha um porte majestoso.
Aplicado, trabalhador, ama o seu «ofício de rei» que exerce com um ritual de cerimónias que ele próprio fixou, desde que acorda até que se deita. Para ele, a sua grandeza confunde-se com a grandeza de França.
Gosta do convívio das mulheres. Tem uma boa relação com a rainha mas nem por isso dispensará a ligação com numerosas amantes, como Mademoiselle de La Vallière e Madame de Montespan (com a qual terá sete filhos naturais, que virão a ser legitimados mais tarde). E já depois da morte da rainha, em 1683, voltará aos amores com Madame de Maintenon, com quem casará secretamente.
Após a Fronda mostrou-se disposto a "domesticar" a nobreza, obrigando-a a residir perto dele, para a seduzir com benesses e cargos, esse o motivo que o leva a criar a corte de Versalhes.
Os cortesãos acorrem a Versalhes e estão sempre presentes do nascer ao pôr-do-sol. Um simples olhar do soberano enche-os de alegria. A nobreza quando não está na guerra deixa de ter tempo para conspirar - Luís XIV organiza para ela festas sumptuosas. Adotou a política de "distribuição de favores": distribuía pensões, presentes e cargos bem remunerados a condes, duques e barões e a corte de Versalhes (residência oficial) abrigava e sustentava milhares de nobres.
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