A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA

Explosão Populacional

Processo acelerado de crescimento de população no século XIX:
  • Duplicação da população mundial
  • Europa teve maior crescimento relativo no século XIX. continente mais povoado. Brancos europeus colonizaram todos os continentes exceptuando a Ásia ao longo do século. 
Motivos de tão célere desenvolvimento demográfico devido a redução da mortalidade infantil e aumento da esperança de vida. 
  • avanços na saúde 
  • recuo das pestes e epidemias 
  • melhores condições de higiene das populações europeias
  • Melhor alimentação 
  • melhores salários e nível de vida
Expansão urbana

Urbanismo intenso nos países mais industrializados. Cidades concentram maioria da população europeia como resultado de
  • expansão demográfica 
  • industrialização 
  • êxodo rural
  • imigração
População rural decresce nos países da Europa na razão inversa do crescimento industrial. Aumento do sector secundário e terciário da economia.
Problemas de miséria, promiscuidade e anomia social põem em causa coesão das populações urbanas e geram delinquência e decadência dos valores  e da identidade.


Migrações e Emigração

Entre 1850 e 1914 os fluxos migratórios multiplicam-se entre zonas do mesmo país, diversos países do mesmo continente e países em diferentes continentes. Factores favoráveis como a rapidez das comunicações e os estímulos institucionais dos sindicatos e governos para a emigração.


  • Migrações internas como as sazonais por razões profissionais e os êxodos rurais provocados pelo grande atraso do mundo rural face às perspectivas do mundo urbano.
  • Emigração da Ásia para a América do Norte e da Europa para a América do Norte, Sul e Oceania. Motivos económicos e demográficos, políticos e religiosos.


Assim, a partir de 1840, os europeus espalharam-se pelo mundo em sucessivas vagas de emigração. Especificando, na origem deste fluxo emigratório terão estado os seguintes factores:
  1. A pressão populacional: os governos e sindicatos apoiavam políticas migratórias no intuito de contornar os problemas decorrentes da explosão populacional europeia (necessidade de mais empregos, contestação social).
  2. Os problemas do mundo rural: enquanto nos países desenvolvidos as transformações na agricultura libertavam mão-de-obra, nas regiões menos industrializadas persistiam as fomes provocadas por maus anos agrícolas (foi o caso da vaga de emigrantes irlandeses, durante a "potatoe famine" - fome de batatas - da década de 1840).
  3. Os problemas ligados à industrialização: uma industrialização muito rápida (por exemplo na Grã-Bretanha) produzia desemprego tecnológico (os homens eram substituídos por máquinas), e uma industrialização lenta (caso de Portugal), não oferecia empregos suficientes para a população em crescimento. Ambas as situações podiam, portanto, levar à emigração para países com carência de mão-de-obra.
  4. A revolução dos transportes, que embarateceu o preço das passagens, nomeadamente de barco a vapor.
  5. A idealização dos países de destino (por exemplo os EUA, que receberam metade da imigração europeia, e o Brasil, principal destino da emigração portuguesa no século XIX), os quais eram vistos como a terra das oportunidades, da promoção social e da tolerância moral. Os EUA receberam perto de 34 milhões de pessoas entre 1821 e 1920, sendo a forte imigração apontada como um dos factores que explicam a sua pujança económica.
  6. A fuga a perseguições políticas e religiosas (por exemplo, aquando da instauração da 2ª República em França, em 1848).
Cena de "O Imigrante" de Chaplin - 1917

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