O AMOR CORTÊS E A INFLUÊNCIA DA LITERATURA
No fim da Idade Média, a nobreza também adota novos ideais. O violento ofício de guerreiro reveste-se agora de regras, devendo respeitar um código de honra - o código de cavalaria.
Consciente da sua nobreza, herdada de venerados antepassados, o cavaleiro deve defender o bem, a justiça e os desprotegidos. Deve aliar às suas capacidades militares a gentileza e as boas maneiras, necessárias à vida da corte. Na convivência com as damas, o cavaleiro deve cultivar um amor intenso mas delicado, em nome do qual deverá ser capaz dos maiores feitos. Assim, os cavaleiros ocupam o tempo com a caça e as justas, colocando à prova a sua destreza, procurando corresponder ao ideal de cavalaria: o cavaleiro tem de ser bom, justo, educado e refinado, capaz de amar delicadamente a sua dama.
Para a educação deste cavaleiro e para a propagação dos ideais de cavalaria pelas cortes da Europa, muito contribuiu a literatura, em particular os romances de cavalaria, como " Le Roman de la Rose" (O Romance da Rosa) ou "Amadis de Gaula".
O amor cortês floresce nas cortes régias e senhoriais submetido a um conjunto de regras. Este é um amor essencialmente espiritual. A dama, por sua vez, deverá corresponder a um tipo idealizado - bela mas recatada. Ela é o motivo de inspiração.
A poesia trovadoresca anima os serões com os seus versos cantados pelos jograis. É através dela que se propaga o amor cortês, elemento essencial da sociabilidade cortesã.
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